quarta-feira, 30 de dezembro de 2015
Numa vida depois da última - parte II
terça-feira, 30 de setembro de 2014
Mudanças
Um destes dias as luzes apagaram-se por aqui e finalmente o unico candeeiro que ilumina o quintal teve o merecido descanso, o que me permitiu olhar bem fundo na extensão das estrelas que por aqui nos brindam.
Longe da cidade, dos carros, do ruido audível e visível.... quando se vive num local destes é quase inevitável sentirmo-nos de férias. O ir ali tratar de qualquer coisa transforma-se num passeio entre sobreiros e pinheiros mansos, entre o mar e o cheiro da terra.
Vim para sul, não tanto assim para sul (não é preciso) mas para sul que chegue. Para a aldeia dos meus sonhos, para onde os tambores soaram a primeira vez, de onde senti a pulsão de escrever publicamente e o onde o fiz, para onde os meus pés fugiam sempre que podia.
Vim para uma vida depois da ultima. A ultima despedaçou-me... trouxe-me mais um anjo, mais um filho, mais uma esperança, mais separação. Os restos que restam de mim da vida antes dessa, não sei deles.... foram para qualquer lado, separaram-se de mim e deixaram-me diferente. Nem pior nem melhor... talvez a conhecer um pouco mais sobre o meu melhor e o meu pior... mas não sou a mesma.
Definitivamente diferente.... reli todo o blog anterior e, apesar de ser eu, apesar de reconhecer a essência, a frontalidade e a forma de escrita, a loucura e alucinação não é a mesma... a necessidade de fé não é a mesma, as ferramentas não são as mesmas, a forma de estar mudou, tudo mudou e como dizia alguém, "muda-se o ser, muda-se a confiança, todo o mundo é composto de mudança, tomando sempre novas qualidades"...
Aqui, agora, nesta vida que é agora a minha, tudo se descobre e constrói de pequenos nadas, de pequenas coisas, de pequenos grandes gestos.
E o que sobrou de mim, após quase um ano antes de agora? Estou a descobrir... a descobrir devagar e sem procurar.
Numa vida depois da última - Parte I
terça-feira, 16 de setembro de 2014
Onde as estórias continuam
Alguém se lembra?
Alguém se lembra do início de tudo isto? De quando os tambores soavam?
A estória continua uma vida depois da última e sem saber como termina...
Conta uma estória para acordar, outra para adormecer e outra para viver.
Ou pode ser a mesma ou nenhuma ou podemos só deixar o silencia conversar.
As estórias continuam aqui de uma forma diferente, com outra vida a falar.
quinta-feira, 17 de março de 2011
Numb
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
Liberté
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Com outros lábios que não estes
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
E ainda assim
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Coragem de Ser Só
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
From blue to Green
sábado, 1 de janeiro de 2011
Letter to my Heart
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
Always with Me
Fértil
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Continuar
domingo, 26 de dezembro de 2010
Desvanecer
sábado, 25 de dezembro de 2010
De Corpo e Alma
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Feliz Nascimento
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Reflexões
domingo, 19 de dezembro de 2010
Coisas do Estar
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
Frágil
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
terça-feira, 30 de novembro de 2010
A Princesa e a Ervilha
"Reescreva, usando no máximo 400 palavras, um conto de fadas. E se o Capuchinho Vermelho fosse o mau da fita? E se o sapato servisse mesmo a uma das irmãs?"
Era uma vez um príncipe que procurava uma princesa verdadeira. Uma daquelas de verdade, sensível e genuína. Procurou por todo o seu reino e ainda mais além. Foi aos confins da terra e acabou por regressar a casa desanimado e sem esperança, pois todas as princesas que encontrou não pareciam, aos seus olhos, verdadeiras princesas. Todas elas tinham alguma característica que o convenciam que não eram princesas genuínas.
Numa noite de tempestade em que o vento e a chuva reinavam, alguém bateu à porta do castelo. Quando abriram depararam-se com uma donzela ensopada e com ar infeliz que afirmava ser uma verdadeira princesa. A rainha, quando a viu, duvidou imediatamente. Como poderia uma princesa de verdade sujeitar-se a vir a pé até ao castelo e apresentar-se naquele estado a si e ao seu filho? Não lhe parecia possível. Mas o príncipe viu qualquer coisa. Ele não sabia bem o quê. Talvez um brilho diferente, um jeito de entoar as palavras, de andar que o encantou. A rainha, mãe conhecedora do seu filho e mulher experiente notou o estado de encantamento do príncipe e pensou: Princesa ou feiticeira, esta noite se verá quem és! Mandou servir uma refeição quente à suposta princesa e foi ao quarto onde ela iria dormir. Desfez a cama e colocou uma ervilha e de seguida vinte e um colchões empilhados. Fez a cama e esperou pela manhã seguinte para comprovar a sensibilidade da princesa.
De manhã quando acordou esperou todo o pequeno-almoço que a princesa e o príncipe descessem dos quartos para expor a princesa e o seu teste. Esperou e esperou e, já farta de esperar, mandou acordar os dois. Quando os criados regressaram, disseram à rainha que os quartos estavam vazios. A rainha desesperada, lembrou-se que, na noite anterior, enquanto preparava a cama da princesa, havia deixado os dois a sós para comerem. O tempo suficiente para planearem uma fuga. Procurou durante anos, enviou soldados a todos os cantos do reino e ainda mais além mas nunca mais teve notícias deles. Acabou por morrer sozinha e amargurada por ter tentado provar que a suposta donzela não era uma princesa de verdade.
Quanto aos dois apaixonados, nunca mais se soube nada deles. Ainda hoje existe uma lenda na região ao redor do castelo que conta a história e que termina com “E não se sabe se viveram ou não felizes para sempre”.