domingo, 7 de fevereiro de 2010

O que resta

Foi há muito, muito tempo, numa terra próxima, tão próxima quanto a distancia de um palmo o pode ser, que o ar brilhou um pouco mais claro, uma aura se iluminou e, tocada pela brisa e pelo sal, se esfumou...
A magia regressou de onde nunca tinha partido e a distancia encurtou.
Há muito, muito tempo, numa terra tão distante, tão distante quanto o ar o pode ser, os olhos cruzaram-se e a magia regressou.
Almas gémeas, dizem alguns sem perceberem muito bem o que dizem.... Quantas? Tantas....
Em cada olhar que se reconhece, em cada particula que procura a estabilidade para logo de seguida se descobrir volátil.
O ar iluminou-se e passado esta distancia não deixo de ficar espantada com a genuinidade e com a saudavel loucura da certeza que me faz mover e agir.
Não sei o que mais me espanta, se o transparente que fiquei àquela luz, se o nem ter sentido medo ou coragem.
Volátil, tão volátil que tudo surge num instante para, passado algum tempo, quase nenhum nestas coisas do tempo, se evaporar e transformar noutra coisa qualquer...
As formas continuam a rodar, as luzes a brilhar e o coração a suspirar... por quem? Por quem dobram os sinos?
A magia regressa... mas quanto da amante resta quando os amantes desaparecem?

4 comentários:

Inês disse...

Eu diria mais "Quanto do AMOR resta quanto os amantes desaparecem..."

Beijos

a.mar disse...

Resto é o que sobra da divisão.

Cris disse...

Eu queria escrever Amor mas continuava a ouvir amante :)
O Amor não desaparece e por isso continuam as luzes a brilhar... mas o resto, a amante? Quanto dela sobra quando se dividiu por tantos? (Magui *)
Quanto da disponibilidade, vontade de partilha, paciencia e todas as outras caracteristicas da amante sobra?
A amante transformou-se num individuo que gosta de estar sozinha e que dá todo o valor ao seu espaço pessoal, ao respeito por si mesma e tranquilidade. Não encontras assim tantas pessoas que respeitem isso e sinceramente? Não sei se me apetece tentar ensinar mais alguém ;)

lol amanhã é outro dia :)
Beijos às duas **

Beijos

a.mar disse...

Eu acho que a amante se renova a cada novo amante.
Nada é indivisível.
(Que giro... esta expressão diz duas coisas: diz que tudo se pode dividir e que o nada não se pode dividir)
Mas dizia eu: dividir multiplica.
Divides-te em Amor por vários amantes = multiplicas-te como amante.
E a criação é o sentido do Amor sempre.
Cri Acção
Cris em acção... eh eh eh