terça-feira, 16 de setembro de 2008

Para Quem?

Pele morena, de cheiro intenso.
Olhos castanhos tristes, sombrios.
Voz de homem menino
Cheia de riso, cheia de dor.
Como me mentem os teus olhos,
Como me mente a tua voz.
Como me engano no teu encanto,
Como me dóis na distancia.

Um ser de fogo, de luz, de trovões.
Cheguei para ti, fui para ti,
Aprendi contigo, para mim
No fogo e na luz, nos trovões sem fim.
Voei encantada, flutuei, dancei
A dança do amor , do encanto.
Deste-me um vislumbre de perfeição
Sem me dizer que isso não existe.
Procurei beber de ti, consumi-te?
E quando cresci, quando aprendi
Olhaste-me com esses olhos tristes e viste.
Viste o sol, o mar tumultuoso?
Viste? Viste a força, o Amor?
Viste? Viste a louca, viste o riso?
Tiveste medo, não gostaste,
Pensaste: isto não é para mim.
E assim foi a espera,
Para saberes tu que não sou para ti
E eu para saber que se vai o amante,
Mas fica o Amor.
E se não para ti, para mim.
Para todos os outros, para quem quiser.
Para quem não se assuste
Para quem me aceite
Assim como sou.
23 de Novembro de 2003

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