quarta-feira, 1 de julho de 2009

As ideias fugiram

Uma vez a meio da noite as ideias fugiram. Fugiram para qualquer lado ou foram devoradas pela noite, pelo luar de um sorriso timido, escondido.
Uma vez a meio da noite. Ou teria sido uma tarde, talvez fosse numa tarde.
Uma vez a meio da tarde as ideias surgiram e foram engolidas pelo escuro da noite.
Uma vez à beira mar as ideias surgiram e o sol caiu no mar. Caiu lá o fundo onde as mãos não chegam.
Uma vez as mãos cresceram, os braços esticaram e alguém tocou no sol.
Uma vez as estrelas brilharam numa parede e os planetas aproximaram-se.
Uma vez o sol jogou aos dados e riu do resultado.
Uma vez, só por uma vez os dados ganharam vida e mostraram uma palavra.
.
Uma vez perdi-me no mundo e de outra vez do mundo.
Uma vez lembrei-me que os numeros e os dados, as estrelas e os planetas que brilham, o sol e o luar, os sorrisos e as ideias bem misturados num caldeirão, mexidos com uma varinha de condão e polvilhados com pó do coração, dão asas à imaginação.
.
Uma vez perdi-me de amores, outra foi a vez de outro alguém.
.
Uma vez ouvi dizer que não é facil dizer não.

2 comentários:

Inês disse...

Ele há coisas:

"Uma vez a meio da noite. Ou teria sido uma tarde, talvez fosse numa tarde.
Uma vez a meio da tarde as ideias surgiram e foram engolidas pelo escuro da noite.
Uma vez à beira mar as ideias surgiram e o sol caiu no mar. Caiu lá o fundo onde as mãos não chegam.
Uma vez as mãos cresceram, os braços esticaram e alguém tocou no sol."

Fazendo o link com o post seguinte

Cris disse...

Ontem à noite foi daqueles dias em que me perguntei o que raio estava para aqui a escrever :)
É giro, é giro :D
Beijo no coração *