quarta-feira, 25 de março de 2009

À Flor da Pele

Um dedo segue a cor da tez,

Desliza lentamente,

Seguindo suavemente os sinais

Que vão abrindo a visão.

Os dedos seguem, perdem-se

E encontram-se no contraste.

Demoram-se um pouco

Enquanto os sentidos despertam

E o cheiro se entranha

Na mistura da pele, essa

Que outro poeta cantou

Sem saber que era nossa.

Seguem os dedos,

Guiados pelas pequenas

Vibrações que só a beleza

Detecta, enquanto tocamos

Fonte com fonte,

Colo com colo,

Outra parte do nosso ser.

E as mãos encontram alento

Nos designios escondidos,

Na profundidade da nossa pele.

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