Um dedo segue a cor da tez,
Desliza lentamente,
Seguindo suavemente os sinais
Que vão abrindo a visão.
Os dedos seguem, perdem-se
E encontram-se no contraste.
Demoram-se um pouco
Enquanto os sentidos despertam
E o cheiro se entranha
Na mistura da pele, essa
Que outro poeta cantou
Sem saber que era nossa.
Seguem os dedos,
Guiados pelas pequenas
Vibrações que só a beleza
Detecta, enquanto tocamos
Fonte com fonte,
Colo com colo,
Outra parte do nosso ser.
E as mãos encontram alento
Nos designios escondidos,
Na profundidade da nossa pele.
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