sábado, 30 de maio de 2009

Estórias para contar

Uma vez li que quem está ocupado a viver não tem estórias para contar... não sei se isso é verdade. Estou sempre a viver estórias e muitas delas merecem ser contadas, ser recordadas como já passadas. Existem aquelas com final em aberto, aquelas já fechadas e encerradas. Capitulos terminados e páginas que se viram. Às vezes deixamos o livro de lado e entretemo-nos com outras coisas. Às vezes precisamos de respirar fundo, de largar e deixar ir a estória por si mesma. Às vezes é o tempo que a termina, o vento sopra e quando voltamos a olhar já estamos num novo capitulo. Já demos mais uma volta, subimos mais uma oitava, mudámos de tom na escala...
Ontem comentava que desde à cerca de um ano que a minha vida é uma montanha russa, plena de acelarações, com travagens suaves e novas sensações a cada instante. Uma montanha russa que não volta ao ponto de partida. Não passa pelos mesmo lugares. Intensa, em que a unica constante é a mudança. E a aceitação da mudança... em que eu própria, de uma forma estranha, sou a carruagem e controlo a direcção e velocidade. Às vezes sem dar por isso. Quando olho à volta já estou onde tenho que estar, de novo em andamento. Já passei outra paragem e não desci.
E hoje, percebo que às vezes não contemplo o tempo suficiente, não me entrego completamente ao momento... Em que já sinto, em que já vivo, mas que ainda não sou plenamente. Não fico o tempo suficiente para o ser.
A carruagem segue, os carris desenham-se à frente dos meus pés e eu sigo.
Talvez, desta vez, mais lentamente...

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