sexta-feira, 12 de junho de 2009

Vertigem

Não é assim tão dificil...
Mas hoje está a ser.
Vou fingir que ninguém vem a este espaço.... vou fingir que não abri uma janela do meu mundo ao resto do mundo. Não tenho a certeza de querer ver isto publicado. Esta parte de mim que hoje está confusa e desfocada. Que tem estado assim há já alguns dias, apesar da praia, dos pés na areia e do sol.
Qual era mesmo a parte de mim que queria esconder? Aquela que está outra vez a lutar com o espelho ou a que sabe que não está num beco sem saida, mas se sente às escuras? Aquela que diz e sabe que Não e depois de deixa levar por qualquer coisa? Qual era mesmo a parte que queria esconder?
A que sabe que precisa de silencio, de estar longe de tudo e todos para poder estar consigo mesma, mas não consegue tirar um dia para estar sozinha?
A que sente vertigens pelo momento? A que não sabe o que vai acontecer e está com medo?
Está uma noite daquelas em que ficaria na rua até de manhã... daquelas em que acabava por sair de casa às 3h da manhã para ir apreciar a noite e acabaria inevitavelmente na praia a tomar o primeiro banho de mar...
Ligaram duas vezes a desafiar-me para ir até à praia hoje à noite... não ajudou...
Quem seria aquela rapariga zangada com o mundo e consigo, que vi hoje em fotografias antigas?
Hoje há gente a mais, houve gente a mais... sinto falta dos passeios sem destino por Lisboa, da solitude. De parar numa esplanada e ficar a ver as pessoas passar.
Sinto falta do mergulhar profundo e emergir renovada.
Sinto falta de começar de novo...
E, estranhamente, sinto-me sozinha...

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